segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Escola Agrícola Municipal Nilo Batista

Escola Agrícola Municipal Nilo Batista – segunda visita do projeto Escola Sustentável Pelo Mundo – 24/07/2014

Quando se pensa na cidade de Cabo Frio, na Região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro, a primeira coisa que vem a cabeça são suas lindas praias com água cristalina e areia branca.
Pouca gente sabe que nesse município existe uma imensa zona rural que sofre com a expansão urbana e com a pressão da especulação imobiliária. Surge assim, a necessidade de gerar possibilidades para fixar os jovens (cada vez mais seduzidos pelas “luzes” da cidade) no campo, através da valorização e capacitação das atividades e do trabalho rural.
Para suprir essa demanda, a Escola Agrícola Municipal Nilo Batista foi criada em 1996, com a intenção de atender e qualificar os futuros trabalhadores do campo do 2° distrito de Município de Cabo Frio.
A Escola possui o currículo enriquecido. Além da grade regular os alunos do ensino fundamental (6º ao 9º ano) estudam uma disciplina chamada Educação Socioambiental, que tem como objetivo trabalhar os primeiros conceitos ligados a essa temática. Já o ensino médio funciona como um curso técnico em agropecuária voltado para a produção agrícola e possuem disciplinas nas áreas de paisagismo, administração rural, máquinas agrícolas, produção, meio ambiente, turismo, entre outras.
A Escola é equipada para ser um grande laboratório para os alunos. Possui horta, viveiro de mudas, galinheiro, chiqueiro, curral, lagos para criação de peixes e uma cozinha experimental onde os produtos agropecuários são processados e os alunos aprendem a produzir detergente, sabão e diversos tipos de alimentos. Esses produtos são vendidos para a comunidade do entorno da Escola e são fundamentais para sustentar o curso técnico, uma vez que ele não recebe verba da prefeitura para compra de equipamentos.
Com cerca de 1000 alunos a sua clientela é formada por uma mistura de moradores do 2º distrito de Cabo Frio com estudantes de outras localidades com o interesse em se formar no curso técnico para futuramente fazer uma faculdade na área agrícola, além de atender boa parte das comunidades quilombolas existentes na região. 
Infelizmente a maioria dos alunos após se formar não consegue emprego na área. Segundo o professor de Geografia, Honório, isso ocorre devido à falta de um mercado de trabalho estruturado para absorvê-los na região, pois o trabalho no campo ainda é muito artesanal e com técnicas ainda bastante rudimentares.

Pontos que mais chamaram a minha atenção na visita:
- o orgulho dos funcionários em trabalhar e mostrar a Escola;
- a diversidade da produção do curso técnico;
- a busca pela autossustentabilidade econômica do curso técnico;

- a preocupação em desenvolver as três dimensões da sustentabilidade: a ambiental, a sociocultural e a econômica.

Assista no Youtube - https://www.youtube.com/watch?v=Lvmq2yodn5M










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